quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Seis da manhã

Meus pensamentos sempre voltam naquela noite, queria poder voltar no tempo. Não cometeria tantos erros e talvez estivéssemos juntos agora. Sei que me arrepender não o trará de volta, mas a cada dia sofro mais, não aguento os comentários nem os olhares... Estão todos comentando, todos já sabem o quão inconsequente fui. Mas não a nada que se possa fazer. Tento dormir, mas você não sai da minha cabeça, queria que um buraco se abrisse diante de meus pés para poder me esconder, me esconder da vergonha o do seu olhar. Sinto-me diante de um precipício e estou prestes a cair, será uma viajem sem volta, e quanto mais olho pro abismo, mas vejo você se afastar de mim ... Agora você some na multidão e por mais que grite e peça perdão você não pode me ouvir. Esta com os seus malditos fones de ouvido.
Respiro e conto de um até três, fecho os olhos e imagino um mundo onde eu posso me controlar e meus hormônios adolescentes não me comprometem. Saio e me divirto, volto pra casa e tudo continua bem. No dia seguinte te encontro e você me beija e eu vejo o quanto sou feliz, mas tudo muda quando o despertador toca. São seis da manhã, de volta á realidade, de volta pra escola.

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